Doar órgão é permitir deixar mais que saudade

O nascimento é um dos momentos mais emocionantes para quem aguarda ansiosamente para ver pela primeira vez aquele ser tão pequeno. Mas, outro momento tão importante quanto, é a espera por um transplante de órgão. Ela é sentida tanto pela pessoa que aguarda quanto pelos familiares e amigos. E quando enfim chega a hora de receber aquele presente, é um RENASCIMENTO. A possibilidade de nascer não uma, mas duas vezes nesta vida.

Na última semana, a equipe da CIHDOTT – Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital São Vicente de Paulo de Cruz Alta realizou com sucesso a chamada ‘captação de órgãos’ de um doador. Um jovem teve sua vida interrompida. Mas ao partir, ele deixou mais que saudade… deixou seu fígado e rins. E com isso, deixou esperança e vida para outras pessoas.

O HSVP – Hospital São Vicente de Paulo está habilitado e faz captação de múltiplos órgãos desde 2004. E conta sempre com o apoio da equipe da CIHDOTT, bem como vários outros profissionais da instituição e da 9ª Coordenadoria Regional de Saúde. E nesta captação contou com auxílio também de uma equipe vinda de Passo Fundo/RS.  A família do paciente autorizou a doação após a constatação de morte encefálica. Fígado e rins foram retirados pela equipe de profissionais de Passo Fundo/RS e encaminhados aos receptores cadastrados na fila única de transplantes pela central de transplantes.

Doar órgãos é um ato nobre e também de amor, é permitir que teu ente querido continue pulsando de alguma forma nesta terra. É saber que com um ‘simples’ “SIM, EU ACEITO QUE REALIZEM A RETIRADA DOS ÓRGÃOS” pode e vai salvar a vida de outra pessoa.

A Lei Federal nº 10.211, de 23 de março de 2001, determina que a família tem o direito de decidir a doação de órgãos da pessoa em estado de morte encefálica; assim, aqueles que se dispõem à doação devem manifestar previamente aos familiares a sua intenção. O Sistema Nacional de Transplantes é quem decide sobre os critérios de destinação justa dos órgãos doados e sobre a organização das listas de espera, evitando e coibindo toda tentativa de comércio de órgãos.

Os protocolos clínicos a serem seguidos nos casos da doação de órgãos são criteriosos e essenciais e começam a partir da confirmação da Morte Encefálica do paciente, seguindo todo um cronograma de atividades até uma doação efetiva. Segundo a CIHDOTT, “todos os processos devem ser feitos em paralelo a um acolhimento da família, cujo esclarecimento sobre todos os passos é muito importante”.

Todo o processo foi orientado pela equipe da CIHDOTT do HSVP, “na doação de órgãos, o suporte técnico e qualificado da Unidade de Terapia Intensiva, Bloco Cirúrgico enfim envolvimento de uma equipe multiprofissional também são os grandes diferenciais para o êxito da ação”, afirma a equipe.

Para os profissionais que compõe a CIHDOTT, o objetivo é levar esperança para as pessoas que sofrem e temem não ter mais tempo para sobreviver, disseminando a importância de encararmos a doação de órgãos como um ato a favor da vida e não da morte. Vida renovada para quem parte e para quem aguarda. Para o jovem doador, chegou o momento mais sublime de sua vida. Agora, fará um passeio e deixará vida para quem ainda precisa dela.

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