Na sexta-feira, 13 de outubro, a equipe da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) do Hospital São Vicente de Paulo de Cruz Alta, efetivou a captação de órgãos de um doador. Assim, em um momento de tanta dor e luto, a família teve o ato de solidariedade de permitir que seu ente querido salvasse a vida de outras pessoas que estão à espera de doação na fila de transplante.
A CIHDOTT é responsável por organizar dentro da rotina hospitalar a detecção de potenciais doadores de órgãos; viabilizando o diagnóstico de morte encefálica, conforme a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). Também tem como função criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos a possibilidade da doação e articular com a Central de Transplante do Estado a organização do processo de doação e captação de órgãos. A equipe é constituída por cinco membros em seu corpo funcional sendo eles: Médicos, Enfermeiros, Psicóloga, Assistente Social e Fisioterapeuta.
O HSVPCA está habilitado e faz captação de múltiplos órgãos desde 2004. Além disso, conta sempre com o apoio da equipe da CIHDOTT, bem como vários outros profissionais da instituição e da 9ª Coordenadoria Regional de Saúde. Nesta captação, contou com auxílio também de uma equipe vinda de Porto Alegre – RS (ISCMPA – Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, OPO 7 – Instituto de Cardiologia de Porto Alegre e BTOH do Hospital de Clínicas de Porto Alegre).
A família doadora autorizou a doação após a constatação de morte encefálica. O ato de amor e solidariedade oportunizou a captação de rins, fígado e córneas. E com isso, deixou esperança e vida para outras pessoas. Os órgãos foram captados pela equipe de profissionais de Porto Alegre e encaminhados aos receptores cadastrados na fila única de transplantes pela central de transplantes.
A Lei Federal nº 10.211, de 23 de março de 2001, determina que a família tem o direito de decidir a doação de órgãos da pessoa em estado de morte encefálica. Sendo assim, aqueles que se dispõem à doação devem manifestar previamente aos familiares a sua intenção. O Sistema Nacional de Transplantes é quem decide sobre os critérios de destinação justa dos órgãos doados e sobre a organização das listas de espera, evitando e coibindo toda tentativa de comércio de órgãos.
Os protocolos clínicos a serem seguidos nos casos da doação de órgãos são criteriosos e essenciais, tendo início a partir da confirmação da morte encefálica do paciente, seguindo todo um cronograma de atividades até uma doação efetiva. Segundo a CIHDOTT, “todos os processos devem ser feitos em paralelo a um acolhimento da família, cujo esclarecimento sobre todos os passos é muito importante.
Todo o processo foi orientado pela equipe da CIHDOTT do HSVPCA e, na doação de órgãos, o suporte técnico e qualificado da Unidade de Terapia Intensiva e Bloco Cirúrgico contam com envolvimento de equipe multiprofissional.
Doar é um ato de AMOR e salva muitas vidas. Para doar, basta você querer e sua família saber.
