O mês de outubro é reconhecido mundialmente como o Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização e campanha de combate ao câncer de mama. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar as informações e promover ações de conscientização, prevenção e diagnóstico precoce da doença.
Para marcar o encerramento das atividades relacionadas ao Outubro Rosa, o Hospital São Vicente de Paulo, a Clínica de Oncologia de Cruz Alta e a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Cruz Alta, promoveram na tarde de terça-feira, 29, mais uma edição da “Tarde Rosa”.
O evento foi realizado no auditório do HSVP, tendo como objetivo proporcionar às mulheres, uma tarde de conscientização, de confraternização, beleza e principalmente autoestima. As convidadas foram recepcionadas com uma linda mensagem de motivação e superação lida pela assistente social do HSVP, Fátima Bronzatti.
Após a leitura da mensagem, foi realizada uma palestra sobre a violência contra as mulheres, ministrada pela delegada da Polícia Civil, Caroline Bamberg Machado, que abordou ainda a importância da denúncia e os tipos comuns de violência que as mulheres enfrentam diariamente.
O evento denominado “Tarde Rosa” contou com o apoio de três profissionais da área de maquiagem, que atendendo ao chamado da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Cruz Alta, se sensibilizaram com a ideia e ofereceram os serviços de forma voluntária, tirando uma tarde para fazer o bem para o próximo, oportunizando às pacientes dicas de beleza e serviços de maquiagem.
A médica oncologista da Clínica de Oncologia de Cruz Alta (CAON), Clarissa Bandeira Caldeira destacou a importância do diagnóstico precoce da doença. “O mês de outubro é destinado à conscientização sobre a importância de as mulheres cuidarem do seu corpo, assim como alertar sobre os benefícios do diagnóstico precoce do câncer de mama. Chegamos ao fim de mais um outubro rosa, com a certeza da necessidade de abordar esse tema todos os dias, alertando as mulheres sobre a necessidade do cuidado diário. O diagnóstico precoce auxilia no tratamento da doença e aumenta os índices de cura”, frisou a médica.
Câncer de Mama:
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.
Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica própria de cada tumor.
É a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo. De acordo com as últimas estatísticas mundiais do Globocan 2018 (BRAY, 2018), foram estimados 2,1 milhões de casos novos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% dos cânceres em mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma.
A redução dos indicadores de risco e o diagnóstico precoce da doença são fatores essenciais para a redução dos índices de mortalidade por câncer. Segundo o INCA, é possível reduzir em 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama a partir da adoção de alguns hábitos como a prática física regular, a alimentação saudável, a não ingestão de bebidas alcoólicas, excesso de gordura corporal, radiação ionizante em tórax e uso de tabaco.
Importância do diagnóstico precoce:
O diagnóstico precoce do câncer de mama possibilita que as chances de cura sejam muito maiores para a paciente, chegando a 95%. Infelizmente, quanto mais avançado for o estágio do câncer de mama no momento em que a doença é detectada, ou seja, quanto mais tarde a doença for diagnosticada e tratada, essa chance de cura vai ficando menor.
Por isso, é preciso que as mulheres conheçam seu corpo e suas mamas, estejam atentas a qualquer alteração que possa indicar uma anormalidade e procurem um médico imediatamente caso identifiquem alguma suspeita. As recomendações para a detecção precoce do câncer de mama incluem o diagnóstico precoce, que consiste em investigação oportuna das lesões mamárias suspeitas, e o rastreamento, que é a realização de exames periódicos em mulheres sem sinais e sintomas da doença. As diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de mama (INCA, 2015) preconizam a oferta de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos.