Hospital São Vicente presta homenagem ao médico Jorge Bandarra Westphalen

Na manhã do último sábado (28), a direção do Hospital São Vicente de Paulo de Cruz Alta, prestou uma justa homenagem ao médico nefrologista Jorge Bandarra Westphalen, pela passagem do seu aniversário comemorado no dia 03 de setembro e pelos relevantes serviços prestados na área da saúde pública de Cruz Alta ao longo de 45 anos de carreira.

Para homenagear a dedicação profissional e o grande legado construído pelo doutor Jorge Westphalen, a partir de agora a Unidade de Terapia Renal do Hospital São Vicente de Paulo, recebe um novo nome e passa a ser chamar Unidade de Terapia Renal Dr. Jorge Bandarra Westphalen.

O diretor administrativo do Hospital São Vicente de Paulo, Roger Esteves falou sobre a iniciativa da homenagem. “Hoje prestamos uma justa e merecida homenagem ao doutor Jorge Bandarra Westphalen, damos à Unidade de Terapia Renal o seu nome, reafirmando o nosso reconhecimento ao importante trabalho realizado ao longo de seus 45 anos de carreira. O doutor Jorge nos encanta com a sua simplicidade, com o carinho e atenção que atende cada paciente, demonstrando sua empatia e humanidade com o próximo, mas acima de tudo um ser humano preocupado em buscar soluções e alternativas para auxiliar as pessoas que mais precisam de atenção e cuidado”, concluiu o diretor.

A homenagem, iniciativa da direção do Hospital São Vicente de Paulo e da Associação das Damas de Caridade, entidade mantenedora do hospital, é o reconhecimento do trabalho realizado pelo doutor Jorge ao longo de 45 anos de medicina.

O médico e filho do homenageado Jorge Bilibio Westphalen fez seu pronunciamento representando os irmãos. “Em nome da minha mãe Maria Adélia e dos meus irmãos Roberta e Pedro, gostaríamos de agradecer a direção do Hospital São Vicente de Paulo por esta justa homenagem que será lembrada para sempre em nossas vidas. Colocar o nome do nosso pai na Unidade de Terapia Renal é reconhecer toda trajetória que há cerca de quarenta e cinco anos ele realiza com muito amor, empenho e dedicação pelos pacientes renais. Pioneiro na região viu na hemodiálise uma oportunidade de proporcionar mais saúde e consequentemente mais tempo de vida para a população. E com essa dedicação, empenho e humanismo que ele trabalha até hoje. Nosso agradecimento à direção e aos funcionários do HSVP por terem tido essa percepção e sensibilidade, respeitando e valorizando todo esse legado”, complementou.

O deputado federal Pedro Westphalen falou sobre a alegria de estar participando desta homenagem a seu irmão. “Neste momento especial falo não como deputado federal, mas sim como irmão de um grande homem e excelente profissional. O Jorge é um homem qualificado não só profissionalmente, mas espiritualmente, que quando coloca a mão no paciente, também coloca a mão no coração. Durante a sua vida sempre colocou em evidência o trabalho em equipe e principalmente o cuidado e atenção ao paciente Renal, demonstrando capacidade em montar, coordenar e liderar equipes, mas principalmente em buscar oferecer aos pacientes uma boa qualidade de vida e um atendimento humanizado”, destacou o deputado.

A cerimônia de descerramento da placa com a nova denominação da Unidade de Terapia Renal contou com a presença do diretor administrativo do HSVP, Roger Esteves; do diretor técnico do HSVP, João Pedro Cunha Calçada; do deputado Federal, Pedro Westphalen e do homenageado, Jorge Westphalen.

Em seu discurso emocionado, Jorge Bandarra Westphalen agradeceu a homenagem e falou sobre a sua trajetória. “A justificativa e a essência da minha vida foram e sempre serão os pacientes. Desde o início da minha carreira sempre soube que havia nascido para ser médico. Essa homenagem me sensibilizou e é fruto de um trabalho que começou há muito tempo atrás. Sempre deixei bem claro o  meu respeito e reconhecimento ao trabalho realizado em equipe. Formei-me na universidade de Medicina de Teresópolis, e sentia a vontade de voltar à Cruz Alta para retribuir a gratidão e o carinho que sempre recebi. Agradeço a direção do hospital São Vicente de Paulo, a Associação das Damas de Caridade e a Fátima Bronzatti pela homenagem, mas principalmente a minha família, aos amigos e pacientes que hoje destinaram um tempo de suas vidas para participar desta linda homenagem. Sou grato a deus por tudo que recebi, e agradeço a deus pela oportunidade de ter feito algo em prol dos pacientes”, concluiu o homenageado.

Outro momento marcante e emocionante da cerimônia foi a entrega de uma lembrança ao doutor Jorge pelo paciente renal Elton Budke em nome dos pacientes da Unidade de Terapia Renal. O músico Pedro Junior, paciente da unidade, também fez sua homenagem tocando uma belíssima canção no piano, emocionando a todas pessoas presentes na cerimônia.

Elton Budke entrega lembrança em nome dos pacientes da Unidade de Terapia Renal ao Dr. Jorge

Durante os quarenta e cinco anos de profissão, Jorge Westphalen sempre demonstrou seu carinho e respeito pelos pacientes, sendo admirado e respeitado pela sua simplicidade, humanidade e seu jeito de ser. Em sua rotina diária, sempre de bom humor, cumprimenta e abraça a equipe de profissionais que atuam diariamente, assim como sempre busca saber como os pacientes estão se sentindo, uma demonstração clara de humanidade e empatia pelo próximo.

Conheça a trajetória de Jorge Bandarra Westphalen

Natural de Cruz Alta, Dr. Jorge é filho de Jorge Molz Westphalen e Maria Zolá Bandarra Westphalen. Irmão de Andréa, Maria Adélia e Pedro Bandarra Westphalen, Dr. Jorge é casado com Maria Adélia Bilibio Westphalen com quem teve três filhos: Jorge, Pedro e Roberta Bilibio Westphalen.

Doutor Jorge com sua esposa e filhos

Ainda adolescente Jorge Westphalen foi para o Rio de Janeiro estudar medicina na Universidade de Teresópolis, um período de aprendizado e de muitas histórias para contar. À medida que concluía os seus estudos, orientado pelo seu pai, fazia especializações e observava atentamente à sobrecarga de atendimentos nos hospitais da capital, percebendo a falta de serviços nas cidades do interior do estado.

A partir desta constatação, começou a pensar em implantar em Cruz Alta um centro de atendimento às pessoas portadoras de doenças renais. Para facilitar o deslocamento dos pacientes da região noroeste, surgiu a ideia de implantar o serviço de hemodiálise no Hospital Santa Lúcia no ano de 1979. Um dos primeiros passos foi treinar os profissionais de enfermagem, compartilhando o seu conhecimento, formando assim uma equipe profissional, sempre primando pela excelência e pelo trabalho harmonioso em equipe.

Até o ano de 1982, Dr. Jorge era o único profissional médico atuando nesta importante área, o que demonstrou através da alta demanda a necessidade de buscar o acréscimo de outros profissionais. Foi assim que ele conheceu o Dr. Paulo Moreira, e assim após três anos trabalhando sozinho, Jorge pode enfim sair em férias com a sua família.

Com a chegada do doutor Paulo Moreira, o serviço começou a ser expandido, surgindo assim novas parcerias com médicos nos munícipios de Santa Rosa, Santo Ângelo, São Borja e Carazinho. A partir da ampliação dos serviços, Dr. Jorge foi buscar o aperfeiçoamento e conhecimento, junto ao Dr. Emil Sabaga, no Hospital das Clínicas em São Paulo. Em 22 de fevereiro de 1984, mais uma grande conquista que ficou marcada na história. O doutor Jorge e sua equipe realizaram em Cruz Alta o primeiro transplante renal, colocando o município de Cruz Alta em evidência, sendo a segunda cidade do estado a oferecer esse serviço em hospital não universitário, serviço que até então só era realizado em Porto Alegre.

O paciente encaminhado pelo cardiologista de Santa Rosa, Dr. Osmar Terra, recebeu a doação do rim de sua irmã, recebendo alta hospitalar 14 dias após o procedimento. Dois anos após, foi realizado o primeiro transplante com doador falecido. Durante todo esse período, doutor Jorge sempre destacou a importância do trabalho em equipe.

A equipe de transplantes naquela época era formada pelos médicos nefrologistas, Jorge Westphalen e Paulo Moreira; pelos anestesistas, Ângelo Silveira e Júlio Santos; pelos cirurgiões gerais, Décio Westphalen Ardenghi, Paulo Macagnan e Pedro Westphalen; pelos urologistas, Élio Furian e João Sampaio Junchen; pelo oftalmologista, Renato Silveira e pelo médico odontologista, José Geraldo Gomes. A equipe de enfermagem era chefiada pela enfermeira Lucia Vizotto; de laboratório pelo doutor Arthur Bisso; tendo também a presença dos estagiários Marcos Furian e Élio Furian.

Durante esse período perderam-se as contas de quantos transplantes foram realizados, mas sabe-se que a alegria de voltar à vida normal foi conquistada por todos os pacientes que passaram pelo processo. O transplante evoluiu muito ao longo dos anos, dando destaque ao serviço de transplantes de Cruz Alta que foi um importante colaborador da Secretaria Estadual de Saúde, juntamente com os demais grupos de transplantadores na construção de normas técnicas para facilitar a escolha do potencial receptor, mas principalmente para que fossem utilizados o maior número de órgãos possíveis.

No ano de 2010, com o aumento das demandas de serviços, foi necessário o ingresso de mais um médico na equipe de nefrologistas, assim o doutor Eduardo Pinto de Campos foi convidado, acrescentando renovação e qualidade para a equipe. Em 2005, o Hospital Santa Lúcia se descredenciou do Sistema Único de Saúde (SUS), mantendo os serviços de hemodiálise e a oncologia até o período necessário para o Hospital São Vicente de Paulo buscar se estruturar adequadamente para receber os serviços.

Unidade de Terapia Renal

No dia 26 de março de 2010, foi inaugurada a Unidade de Terapia Renal do Hospital São Vicente de Paulo, uma importante conquista para o município de Cruz Alta e região, mas principalmente para os pacientes que necessitam de atendimento e acompanhamento médico. Na época o Governo do Estado investiu na construção da unidade R$ 600 mil.

Antes de iniciar os atendimentos, ainda era necessário aguardar que todas as exigências fossem cumpridas, assim como esperar a habilitação do novo serviço pelo Ministério da Saúde. Em 2011, iniciava-se de fato um novo serviço, com a estrutura sonhada e com todas as exigências cumpridas. No final do ano um paciente em trânsito, veio à Cruz Alta passar o final de ano com seus familiares, dando início assim a primeira sessão de hemodiálise do Hospital São Vicente.

Hoje o HSVP é referência regional em nefrologia, sendo que atualmente mais de noventa pacientes de Cruz Alta e região dependem dos serviços desenvolvidos na Unidade de Terapia Renal. Jorginho como é carinhosamente chamado pelos colegas, amigos e pacientes, foi um dos pioneiros na implantação do serviço de hemodiálise em Cruz Alta e o principal defensor dos pacientes que necessitam de atendimento, a partir deste dia o seu nome ficará gravado para sempre na história e nada mais justo do que dar o seu nome a Unidade de Terapia Renal do HSVP. 

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